A pandemia que estamos vivendo antecipou, na esfera educacional, a introdução do mundo digital no dia a dia dos estudantes e professores, e novos caminhos precisaram chegar rapidamente às Instituições de Ensino para que a aprendizagem dos alunos continuasse a ser minimamente satisfatória.

São vários os fatores que nos mostram que as escolas ainda precisam acelerar a busca e eficácia desses caminhos para garantir que a sala de aula e o mundo digital estejam verdadeiramente integrados, em plenas condições de ofertar aos alunos educação de qualidade e garantir aprendizagem efetiva.

O espanhol Cesar Coll, no livro Psicologia da Educação Virtual: Aprender e Ensinar com as Tecnologias da Informação e da Comunicação, diz que “há avanços muito grandes em relação à utilização das tecnologias nas escolas, porém seu uso e benefício ainda são vistos apenas como de grande potencial e não como sendo uma realidade atual”. Coll ressalta que as tecnologias da informação e comunicação (TIC) “mostram-se como um elemento que reforça as práticas educacionais existentes, o que equivale a dizer que reforçam e promovem a inovação apenas quando estão inseridas em uma dinâmica de inovação e mudança educacional”.

Para que esse futuro da Educação chegue logo, há que se atentar em dois pontos importantes: a formação dos profissionais que utilizam as tecnologias e a organização da Instituição. Somente com a união e fortalecimento desses pontos é que esses aparatos modernos podem causar impacto na aprendizagem.

Nós, profissionais da Educação, devemos tratar o tema inclusão digital no ambiente escolar como uma ação educacional que envolve o professor, ao capacitar-se para apropriação e uso de recursos tecnológicos, e o aluno como sujeito no espaço de interação e comunicação de novas formas de conhecimento, interatividade e cidadania.